Como aplicar a Terapia ABA nas escolas, família e amizades? (Karen Bernardes) Formei, e agora? #9

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A sala de aula é um ambiente dinâmico, onde cada interação pode impactar diretamente o desenvolvimento dos alunos. Quando falamos de crianças no espectro autista, a atenção aos detalhes se torna ainda mais crucial.

Professores, embora não sejam profissionais de saúde, têm um papel essencial na identificação precoce de sinais de autismo. Mas como podem eles, sem a capacidade de diagnóstico, fazer essa diferença?

Durante nossa conversa com Karen Bernardes, especialista em ABA e educação inclusiva, pela Líbano, no podcast “Formei, e agora?”, ela destacou uma prática simples, mas transformadora: a observação cuidadosa.

Pequenos gestos, comportamentos repetitivos ou a maneira como o aluno interage com os colegas podem ser pistas valiosas. Mesmo sem o poder formal de diagnosticar, o professor pode contribuir — e muito — para a identificação inicial de características do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Mas para que essa identificação seja precisa e oportuna, é fundamental que os educadores estejam preparados e capacitados. A formação continuada em TEA deve ser uma prioridade para as escolas, garantindo que os professores tenham as ferramentas necessárias para observar atentamente, compreender as características do TEA, comunicar com clareza e adaptar suas práticas pedagógicas.

Por que isso é tão importante?

A identificação precoce de sinais de autismo permite que intervenções sejam realizadas o quanto antes, melhorando significativamente a qualidade de vida do aluno. A aplicação de técnicas como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) ajuda a reduzir crises e promover um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e acolhedor. Para Karen, “a identificação precoce do TEA é essencial para a criança receber o apoio adequado e possa desenvolver todo o seu potencial”.

O que observar?

  • Dificuldade em manter contato visual
  • Preferência por atividades solitárias
  • Movimentos repetitivos, como balançar as mãos
  • Resistência a mudanças na rotina

O que pode ser feito?

A partir dessas observações, o professor pode trabalhar com outros profissionais da escola, como coordenadores pedagógicos e psicólogos, para desenvolver estratégias de apoio específicas para aquele aluno.

É a parceria entre conhecimento e observação que, muitas vezes, transforma a experiência escolar de uma criança no espectro.

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